Cerca de duas mil pessoas, segundo estima a organização, participaram no domingo, 20 de Outubro na 5.ª Marcha Solidária da AMPM. Esta iniciativa, organizada pela Associação de Mulheres com Patologia Mamária e apoiada pela Câmara Municipal do Barreiro, levou cor e movimento a algumas das mais significativas artérias do Barreiro. Alertar consciências e sensibilizar a população para a importância do diagnóstico precoce, bem como para a necessidade de defesa do direito à Saúde, foram os grandes objetivos.
A Marcha, que saiu do Parque da Cidade em direção ao largo do Mercado Municipal 1º de Maio, integrou homens, mulheres e crianças, figuras públicas e anónimas, que se juntaram e marcharam por uma causa. A faixa que abria o desfile e onde se podia ler «Caminhe com a AMPM pela Sua Saúde» foi, durante o percurso, conduzida por Carlos Humberto de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, e vereadores Sofia Moreira, Regina Janeiro, Rui Lopo e Sónia Lobo, e por Carlos Oliveira (Boia), atleta olímpico e ‘padrinho’ da Marcha, pelo terceiro ano consecutivo. Maria Fernanda Ventura, Presidente da AMPM era, no final, uma mulher confiante. “Julgo que este ano aumentámos o número de participantes, até porque conseguimos que a divulgação do evento chegasse ao Concelho vizinho da Moita. Desta forma, cremos que a nossa mensagem se estendeu a um maior número de pessoas”. E por que nunca é demais lembrar que a diferença, entre a vida e a morte, pode estar na prevenção, «prevenir, prevenir, prevenir», é a palavra de ordem. Fernanda Ventura contextualizou que “em todas as nossa ações (AMPM) temos essa grande preocupação, aliás, a faixa de abertura da nossa Marcha Solidária dizia «Caminhe com a AMPM pela Sua Saúde», para cumprir dupla função de alertar, quer para a importância do diagnóstico precoce quer para a defesa do direito à Saúde que todos os utentes devem ter e exercer”. De acordo com Regina Janeiro, mais do que uma marcha esta iniciativa também simboliza “a defesa do Serviço Nacional de Saúde, a defesa de um bem essencial a que todos devíamos ter direito. Nos dias que correm parece-me que ações como esta ainda fazem mais sentido, tendo em conta todas as notícias que têm vindo a público e que dão conta da diminuição da oferta dos cuidados prestados”. Chamando a atenção para o facto de cada vez precisarmos mais (de cuidados de Saúde) porque temos uma população envelhecida, a Vereadora também salientou que “as condições financeiras para recorrer a serviços alternativos/privados, são cada vez menores, porque as medidas que estão a ser tomadas têm levado a um acentuado empobrecimento da população”. Assim, e no seu entender “ainda bem que temos associações como esta que para além de ter um fim muito específico – discutir a problemática das mulheres e dos homens com patologia mamária – continuam a lutar por bens comuns a todos”. A terminar manifestou vontade de voltar a participar nesta marcha. “Virei sempre e, cada vez, com maior vontade”. Esta Marcha Solidária contou, uma vez mais, com a Presença de Carlos Humberto de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB). Na sua intervenção pública o Autarca disse que “estamos aqui, porque, como gritámos (durante o percurso) existe amanhã, e esse amanhã tem que ser construído por todos nós, todos os dias. O que vos desejo é que o amanhã que vamos construir seja um amanhã de bem-estar, de felicidade, de saúde e de direitos. A todas vós, a todos vós, um grande abraço”. Recorde-se que a sede da Associação de Mulheres com Patologia Mamária está localizada na Avenida Alfredo da Silva, n.º 128, 1ºFte, e funciona de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h00, (tel: 309 872 583). O Guia Documental da Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense “Os Penicheiros” foi apresentado ao público, a 18 de outubro, na sala “Augusto Cabrita” daquela coletividade.
Este trabalho (caderno nº 6) realizado, ao longo de um ano, pelo Arquivo Municipal da Câmara Municipal do Barreiro insere-se num projeto mais abrangente de tratamento e divulgação dos arquivos de interesse concelhio de várias instituições. O acervo da Coletividade é composto por livros, dossiês, 165 partituras musicais, fotografias, pinturas, cartazes e folhetos, em razoável estado de conservação, e está guardado no salão nobre da coletividade. Segundo o técnico do Arquivo, Fernando Mota, “este Guia pretende auxiliar o trabalho de investigadores e de curiosos pela História desta Coletividade”. Na ocasião, a Vereadora Regina Janeiro, responsável pela cultura, agradeceu a presença de todos, em particular à Direção da Coletividade, à Associação das Coletividades, à Escola de Fuzileiros e a Artur Martins autor da publicação “O Movimento Associativo Popular e a Democracia”, referenciada no Guia. “Cada vez que editamos um caderno, temos vontade de editar cada vez mais” referiu Regina Janeiro, tendo ressalvado, ainda, o trabalho e a dedicação dos técnicos do Arquivo Municipal. Em representação da Direção, Vitor Santos, agradeceu o trabalho da CMB, em especial ao Arquivo Municipal pela realização de um Guia que “retrata a História da Coletividade e a sua participação no movimento associativo”. Recordou o papel importante dos “Penicheiros” no derrube da ditadura fascista e a alegria de muitos sócios ao participarem nos festejos do 1º de maio de 1974. “Um local de combate e luta” “Um local de combate e luta” foi como Vitor Santos caraterizou a Sede da Coletividade quando acolhia muitos operários da CUF “nas discussões dos seus problemas e dos seus cadernos reivindicativos”. Apesar dos tempos difíceis, defendeu que “há muitas razões para lutar no sentido de construir uma sociedade mais justa com mais cultura e desporto para os nossos filhos”. Raúl Malacão, sócio há mais de 50 anos, recordou vários momentos marcantes da vida dos “Penicheiros”, a inauguração do salão, na década de 50, a “esplanada” de cinema sonoro (ao ar livre) e as atuações da “Banda Filarmónica” e da “Orquestra Penicheiro Jazz”. A encerrar a sessão, teve lugar um momento de poesia protagonizado por Luciano Barata, professor de teatro da Universidade da Terceira Idade do Barreiro e encenador da Associação “Projector” - Companhia de Teatro do Barreiro. |